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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Missão Antártica

Continente Antártico

Antártica, Antártida (do grego ανταρκτικως «antarktikos», "oposto a ártico"), é o mais meridional dos continentes e um dos menores, com uma superfície de catorze milhões de quilômetros quadrados. Rodeia o Pólo Sul, e por esse motivo está quase completamente coberto por enormes geleiras (glaciares), exceto a extremidade norte e algumas zonas de elevado declive nas cadeias montanhosas. Sua formação se deu pela separação do antigo supercontinente Gondwana e seu resfriamento aconteceu nos últimos quarenta milhões de anos.

Juridicamente, a Antártica está sujeita ao Tratado da Antártida, pelo qual as várias nações que reivindicavam territórios no continente (Argentina, Austrália, Chile, França, Noruega, Nova Zelândia e Reino Unido) concordam em suspender as suas reivindicações, abrindo o continente à exploração científica.

Aproximadamente 98% da Antártica está coberta por um manto de gelo. O manto de gelo tem em média dois quilômetros de espessura. Essa cobertura de gelo contém 70% de toda a água doce do planeta e torna o continente antártico aquele de maior altitude média. O gelo forma barreiras que se estendem para além da costa, formando banquisas, ou plataformas, a maior das quais é a de Ross. De sua ruptura originam-se os icebergs. Graças ao peso desse gelo, a maior parte da massa continental encontra-se abaixo do nível do mar.

A Antártica é o continente mais frio e seco da Terra, um grande deserto. A precipitação média anual fica entre 30 e 70 mm. Além disso, as temperaturas médias em sua região central ficam entre -30°C e -65°C, sendo a menor temperatura do mundo, -89,2°C, documentada na base russa de Vostok, a aproximadamente 3400 metros de altitude no dia 21 de Julho de 1983. Devido à influência das correntes marítimas, as zonas costeiras apresentam temperaturas mais amenas, entre os -10°C e -20°C.

Estima-se que apesar dos seis meses de escuridão do inverno, a incidência da energia solar no Pólo Sul seja semelhante à recebida anualmente no equador, mas 75% dessa energia é refletida pela superfície de gelo.

As comunicações na Antártica já foram dificultadas pelo isola mento do continente, mas no presente as comunicações por satélite possibilitam a conversação de cientistas com suas famílias pela internet. Embora não haja cabos telefônicos para o continente, os telefones via satélite também são utilizados e os telefones convencionais são utilizados para comunicações internas nas bases, aviões e navios da região. Há pelo menos uma estação de televisão transmitindo no continente, para a Estação McMurdo dos Estados Unidos, além de estações de rádio, AM e FM, e de comunicação através de ondas curtas como o radioamadorismo. O correio chega à Antártica através de helicópteros e navios.


Fonte: Adaptado da Wikipédia


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Dez mil militares farão exercício de defesa do petróleo no litoral do Sudeste



Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil






Rio de Janeiro - Mais de 10 mil militares das três Forças Armadas vão fazer um exercício combinado no litoral dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, entre os dias 12 e 26 deste mês. A chamada Operação Atlântico terá por objetivo treinar a defesa das bacias petrolíferas de Santos (onde se encontram as reservas do pré-sal), Campos e Espírito Santo, além da infra-estrutura de petróleo e gás.

O exercício vai simular uma situação de guerra entre dois países pelo controle de uma grande reserva petrolífera localizada na zona econômica exclusiva do mar (faixa localizada a uma distância de 12 a 200 milhas do continente). Entre as atividades previstas estão a defesa de portos, assalto terrestre, patrulha marítima e controle do espaço aéreo.

Segundo nota divulgada pela Marinha, outro objetivo do exercício combinado é destacar a importância da chamada Amazônia Azul, ou seja, o mar brasileiro, que além do petróleo concentra outras riquezas (como recursos minerais e pesqueiros), além de despertar interesse ambiental e científico.

Entre as unidades que vão participar do exercício conjunto estão o Corpo de Fuzileiros Navais, as Brigadas de Infantaria Pára-quedista e de Operações Especiais do Exército e três comandos da Força Aérea. Esta não é primeira vez que um exercício conjunto das Forças Armadas é realizado com o objetivo de treinar militares para defender o petróleo brasileiro.

Fonte: Agência Brasil


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

quarta-feira, 3 de setembro de 2008



O link abaixo traz a ridícula reportagem da Revista Veja sobre o "ensino ideológico" nas escolas.
Leiam e reflitam um pouco sobre estas pérolas da direita fascista.


http://veja.abril.com.br/200808/p_076.shtml

Mendes, Veja e a degradação institucional


Segunda-feira, 1 de Setembro de 2008

Qual terá sido o objetivo da reportagem de capa da revista Veja em sua edição de 03/09/2008? "Denunciar" que a Abin teria feito grampos ilegais nos telefones do ministro Gilmar Mendes e outras autoridades e, com isso, alertar à sociedade sobre a existência de um Estado Policial que ameaça as instituições democráticas? Ou, como alertou conhecido blog “paralisar as investigações da agência sobre conspirações deflagradas contra o Estado de Direito, inclusive aquelas perpetradas nas páginas da Veja, sobretudo durante a campanha eleitoral de 2006, mas também com evidências no caso do "dossiê anti-FHC" para derrubar a ministra Dilma?”.

Há linhas que valem mais do que mil editoriais. São as que revelam os objetivos de um texto e o descompromisso com a informação divulgada. Não comportam normas prescritas em códigos de ética, seguem tão-somente a lógica da promoção de eventos. Algo do tipo "domingo é dia de botar fogo no circo, criar uma crise artificial e colher os frutos ao longo da semana". Lógico, para tal empreitada contam com o apoio logístico de outros meios de comunicação, além da acolhida eufórica de alguns jornalistas-blogueiros.É o caso da matéria assinada pelos jornalistas Policarpo Junior e Expedito Júnior: ”A Abin gravou o ministro”.

Além de editorializarem as supostas denúncias, fazem afirmações sem um pingo de comprovação, baseadas em “fontes” não identificadas, e, e inventam fatos deslavadamente, como nesse trecho:” Desconfiado (o ministro Gilmar Mendes), solicitou à segurança do tribunal que providenciasse uma varredura. Os técnicos constataram a presença de sinais característicos de escutas ambientais, provavelmente de aparelhos instalados do lado de fora da corte." Mentira. A varredura feita pela segurança do STF não encontrou qualquer vestígio de escuta clandestina.

A degravação de uma conversa entre o presidente do Supremo e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) seria a prova da seriedade do "jornalismo investigativo" praticado por Veja. O fato de os dois confirmarem o diálogo significa a existência de grampo? Se confirmar, o que leva a crer que tenha sido feito pela Abin e não por alguém empenhado em atingir Paulo Lacerda, o diretor da Agência?

Pois bem, o relato impreciso da revista é o pretexto para Gilmar Mendes afirmar que "não há mais como descer na escala da degradação institucional. Gravar clandestinamente os telefonemas do presidente do Supremo Tribunal Federal é coisa de regime totalitário. É deplorável. É ofensivo. É indigno."

Se levarmos em conta que um juiz, principalmente quando preside a mais alta Corte do país, deve buscar o estabelecimento de conduta ética que lhe permita entender os limites de sua atuação profissional, as palavras de Mendes soam como incompatíveis com a natureza do cargo que exerce.

O que é descer na escala da degradação institucional? Em artigo publicado em 08 de maio de 2002, o jurista Dalmo Dallari foi muito assertivo ao tratar da indicação de Mendes ao STF, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso:

"Se vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional".

"A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha inadequada".

"Indignado com essas derrotas judiciais, o dr.Gilmar Mendes fez inúmeros pronunciamentos pela imprensa, agredindo grosseiramente juízes e tribunais, o que culminou com sua afirmação textual de que o sistema judiciário brasileiro é um "manicômio judiciário".

Os trechos transcritos não são exemplos explícitos de degradação institucional?

Tão logo ascendeu (em processo formal, sem candidato, como é praxe na Corte) à presidência do STF, Gilmar Mendes tomou a iniciativa inédita de convocar a imprensa para, sem ter sido solicitado, deitar falação sobre o quadro político.

Logo após, deixou-se "perfilar" pela revista Serafina, da Folha de São Paulo, chegando ao ponto de ceder fotos de "álbum de família" e se deixar fotografar na residência. Isso não é incompatível com a liturgia do cargo? Não degrada a instituição que preside?

Durante o julgamento da aceitação da denúncia sobre o chamado “mensalão”, um fotógrafo do Globo, premeditadamente, (pois teve que se posicionar por trás da bancada dos meritíssimos) violou, e o jornal publicou, a correspondência privada entre dois ministros (Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia), capturando imagens das telas dos laptops dos dois em plena sessão. Na ocasião, nem Gilmar Mendes nem a oposição fizeram qualquer restrição contra o flagrante desrespeito à "majestade" da corte. Isso não é degradação institucional?

O que o Supremo tem feito ao legislar indevidamente sobre fidelidade partidária, uso de algemas, número de vereadores, verticalização das coligações e nepotismo deve ser encarado de que forma? Quando se superpõe aos demais poderes como se fosse legislador ou chefe de Estado, o judiciário não colabora substantivamente para a degradação institucional?

Seria interessante que Mendes esclarecesse por que nunca se falou que a Abin tivesse grampeado qualquer outro ministro do STF? Isso só entrou em voga - partindo dele próprio- "coincidentemente", depois da concessão de dois pedidos de hábeas corpus (o segundo, ignorando solenemente os motivos da prisão) em favor de Daniel Dantas. Suprimir duas instâncias do Judiciário para soltar o banqueiro, dando-lhe foro privilegiado, não é degradação institucional?

Não seria o caso também de se declarar impedido de participar do julgamento de Raposa do Sol, já que sua posição contrária à demarcação contínua é conhecida desde a época em que era advogado-geral da União, no governo FHC? Não lhe faltaria imparcialidade sem a qual é inevitável a degradação institucional?

Há quem defenda que juízes devem falar exclusivamente por meio dos autos. Ao conferir à linha editorial de Veja um caráter de “realismo jurídico" não estaria o ministro firmando uma perigosa jurisprudência? E isso, não seria descer ainda mais na escala da degradação institucional? Uma sociedade controlada por monopólios de mídia e um Judiciário que substitui os demais poderes não está à beira de um golpe de Estado. Já o vive em plenitude. É preciso estar atento à banda de música que toca a mesma marchinha desde os anos 1950. Com seus acordes a democracia vive à beira do precipício.

Fonte: República Vermelha