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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Nuvens



Através da observação das nuvens podemos observar, ou identificar, as condições atmosféricas de determinado local, pois estas refletem em sua quantidade, forma e estrutura. As nuvens são a umidade do ar condensada. São constituídas por gotículas de água e/ou cristais de gelo.

As nuvens são formadas pelo resfriamento do ar até a condensação da água. A subida e expansão do ar para níveis onde a pressão atmosférica é menor provoca a expansão do volume do ar. Esta expansão requer ernergia que é absorvida do calor da parcela de ar e isso provoca a descida da temperatura e a condensação do ar, formando as nuvens. Esse processo é conhecido por resfriamento adiabático.

Uma vez formada, a nuvem poderá evoluir, crescendo cada vez mais ou se dissipando. A dissipação da nuvem resulta da evaporação das gotículas de ar que a compõem causada por um aumento na temperatura decorrente da mistura do ar com outra massa de ar mais aquecida, pelo aquecimento adiabático ou pela mistura com uma massa de ar seco.

Uma nuvem pode surgir quando uma certa massa de ar é forçada a deslocar-se para cima acompanhando o relevo (origem orográfica) ou devido ao encontro com outra massa de ar de temperatura e densidade diferente (frontogênese).

Uma característica que diferencia os variados tipos de nuvens é a altura em que elas se formam, ou onde se encontra sua base e seu topo. Quanto ao seu aspecto podem ser:

Ø Estratiformes - desenvolvimento horizontal, cobrindo grande área; de pouca espessura; pricipitação de caráter leve e contínuo.

Ø Cumuliformes - desenvolvimento vertical de grande extensão; surgem isoladas; precipitação forte, em pancadas e localizadas.

De acordo com o Atlas Internacional de Nuvens da OMM (Organização Meteorológica Mundial) existem três estágios de nuvens:

· Nuvens Altas: base acima de 6 Km. de altura;

· Nuvens Médias: base entre 2 a 4 Km. de altura nos pólos, entre 2 a 7 Km. em latitudes médias e entre 2 a 8 Km. no Equador;

· Nuvens Baixas: base até 2 Km. de altura.

Tipos de Nuvens

Nuvens Baixas

- Cumulus – Cu: tem contornos bem definidos, assemelham-se a uma couve-flor, possuem uma cor bem branca quando iluminada pelo sol. Podem ser de origem orográfica ou convectivas. Provocam precipitação na forma de pancadas, constituídas principalmente por gotículas de água, mas podem conter cristais de gelo no topo. Variações: humilis, quando apresentam desenvolvimento vertical; mediocris, quando possuem o topo arredondado; fractocumulus, quando se desmancham por causa de alguma turbulência.

- Congestus: tem bordas protuberantes no topo e considerável desenvolvimento vertical, indica profunda instabilidade e favorecimento por escoamento ciclônico em altitude.

- Cumulonimbus – Cb: com grande desenvolvimento vertical apresenta a forma de uma montanha, base entre 700 e 1.500 metros com topos chegando de 24 a 35 Km. de altura. No topo, geralmente apresenta a forma característica de uma bigorna, devido a expansão horizontal em decorrência dos ventos nas camadas superiores da atmosfera. É uma nuvem mais escura formada por grandes gotas de água e granizo, podendo conter cristais de gelo no topo. Está associada a tempestades fortes com raios e trovões.

- Stratocumulus – Sc: lençol contínuo ou descontínuo, de cores cinzentas ou esbranquiçadas. É formada por gotículas de água e estão associadas a chuvas fracas. Variações: cumulusgenitus, vesperalis.

- Stratus – St: muito baixas, coladas a superfície, podendo formar o nevoeiro. Apresenta topo uniforme (ar estável) e produz chuvisco (garoa).

Nuvens Médias

- Nimbostratus – Ns: nuvens de grande extensão (muito espessa) e base difusa formadas por gotas de chuva, cristais ou flocos de gelo com cor bastante escura. Produz precipitação intermitente e mais ou menos intensa.

- Altostratus – As: assemelham-se a um lençol cinzento, às vezes azulado, sempre tem umas partes finas que permitem ver o sol. É formada por gotas de chuvas e cristais de gelo. Precipitação leve e contínua.

- Altocumulus – Ac: nuvem cinza (às vezes branca) que apresenta sombras próprias e tem a forma de rolos ou lâminas fibrosas ou difusas. Raramente contém cristais de gelo e por entre as nuvens deste tipo é possível enxergar pedaços do céu claro. Constituem o chamado “céu encarneirado”. Variações: lenticularis, radiatus, cumulusgenitus, opacus, plocus ou castellatus.

Nuvens Altas

- Cirrus – Ci: nuvens com brilho sedoso, isoladas e formadas por cristais de gelo parecendo convergir para o horizonte. Podem se formar da evolução da bigorna da cumulusnimbus. Variações: filosus ou fibratus, uncinus, spissatus ou nothus, ou densus.

- Cirrocumulus – Cc: delgadas, compostas de elementos muito pequenos em forma de grânulos e rugas. Indicam base de corrente de jato e turbulência. Variações: stratiformis, lenticularis, castellatus.

- Cirrostratus – Cs: nuvens parecidas com um véu transparente, fino e esbranquiçado que dão ao céu um aspecto leitoso. Constituída por cristais de gelo. Não encobrem o Sol ou a Lua, foram o fenômeno de halo. Variações: fibratus, nebulosus.