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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Golpe no Equador

A tentativa de golpe no Equador revela a política dos EUA para o continente. Informações que vieram a público após o levante de policiais contra o governo de Rafael Corrêa demonstram que a CIA estava por trás dos acontecimentos. Relatos afirmam que Agência Central de Inteligência norteamericana infiltrou-se nas forças de segurança do equador a partir de 2008 e utilizava sistematicamente técnicas de corrupção, buscando a "boa vontade" de policiais equatorianos.

A polícia reprimiu fortemente a população que apoiava Rafael Corrêa

Em 2008, Rafael Corrêa denunciou os EUA por atacarem as FARCs em território equatoriano, destituindo o chefe de segurança do País por ocultar informações sobre esse ataque e a participação de militares norteamericanos.
O ocorrido no Equador na manhã de 30 de setembro de 2010 foi uma afronta aos países latinoamericanos (assim como o golpe em Honduras no ano passado). A UNASUL condenou com veemência a tentativa de golpe e exige que os responsáveis sejam julgados e condenados.

O bloco adverte que os governos "não tolerarão e rejeitarão qualquer novo desafio à autoridade institucional". Também ressaltam que, em caso de "novas quebras", serão adotadas medidas como "o fechamento de fronteira, a suspensão do comércio, do tráfego aéreo e do fornecimento de energia". (Fonte: R7).

Rafael Corrêa foi atingido por fragmentos de uma bomba de gás lacrimogêneo no rosto

Veja também trecho extraído do Blog Dialógico sobre a posição do Brasil em relação ao ocorrido no Equador:

O governo brasileiro através do chanceler Celso Amorim manifestou-se contra o golpe, pela legalidade constitucional e o respeito ao mandato, conquistado nas urnas, do presidente Rafael Corrêa.

Amorim é um dos mais brilhantes diplomatas latino-americanos em todos os tempos, sabe o que há por trás de tudo isso e os riscos que esses pequenos, aparentemente pequenos, golpes (Honduras, Equador) representam para a América Latina, o que vem por trás desse tipo de movimento, conhece a História e tem consciência do papel do Brasil, do que representa o nosso País com as suas dimensões continentais e hoje, potência mundial.

É o delírio do império privatizado. E muitas vezes o cordão é rompido pelas elites, ou por esbirros das elites (caso das polícias militares), no afã tanto de manter privilégios, como de mostrar às próprias elites que há um preço a ser pago para cada massacre ou golpe em cada canto latino-americano.

Sobre a infiltração da CIA no Equador leia aqui: http://www.juntosomos-fortes.blogspot.com/

Essas articulações que resultam em tentativas de desestabilização de governos eleitos pelo povo, evidência que é necessário fortalecer, cada vez mais, as instituições latinosamericanas, à exemplo da UNASUL e de meios de comunicação como a Telesul, que fez uma ótima cobertura dos acontecimentos em Quito.